sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sábado, 2 de Abril, em Santarém

TRIBUTO A
MICHEL GIACOMETTI
( etnógrafo, musicólogo e cineasta )





Biografia

Michel Giacometti nasceu em Ajaccio, na Córsega, em 1929. Desde cedo tomou contacto com outros países e culturas, nomeadamente do Norte de África, para onde foi viver com o tio, funcionário colonial, e onde partilhou o seu mundo de infância com crianças espanholas e árabes.


Em 1947, com 18 anos, já em Paris, realizou estudos de música e arte dramática. Em 1950, lançou vários projectos de revistas culturais e de poesia: Igloo, Ferments e Griffonnage. Criou uma companhia de teatro popular e participou em três estágios de arte dramática, organizados pelo Ministère de l’Education. Publicou ainda uma pequena brochura de versos, Mélika.

Estudou na Sorbonne, no curso de Letras e Etnografia, curso que interrompeu devido à sua participação na greve contra a discriminação dos árabes na vida pública de Argel, período durante o qual viajou pelo norte da Europa, tendo participado em cursos livres de etnografia na Noruega. Colaborou nas revistas Simoun e Cahiers du Sud e foi correspondente da Mission Française en Nouvelle Guinée.

Michel Giacometti chegou a Portugal em finais de 1959 e decidiu iniciar o levantamento sistemático da música regional portuguesa. Os primeiros trabalhos no terreno foram realizados em Trás-os-Montes e, verificando a permanência dos espécimes musicais recolhidos por Schindler em 1931, apresentou um projecto de investigação etnomusicológica no nordeste transmontano à recentemente criada Comissão de Etnomusicologia da Fundação Calouste Gulbenkian, que lhe recusou o apoio. Na sequência, Giacometti criou os Arquivos Sonoros Portugueses (ASP), em finais de 1960, e convidou o compositor Fernando Lopes-Graça a colaborar no projecto. Numa carta, datada de 13 de Dezembro de 1960, dirigida ao compositor, Giacometti comunica-lhe que acabou de “fundar os Arquivos Sonoros Portugueses e de se ligar por contrato a organismos culturais estrangeiros que mostraram mais entusiasmo que a Fundação …”.

Em 1975, enquanto membro da Comissão de reorganização da FNAT/Inatel, apresentou o projecto “Centro de Documentação Operário–Camponesa” (CDOC), que, além da reformulação da estrutura existente, propunha uma nova filosofia de acção cultural. Em associação com o Plano Trabalho e Cultura, todos os materiais resultantes das campanhas nacionais do Serviço Cívico Estudantil e toda a documentação produzida foram entregues ao CDOC e, mais tarde, transferidos para o Museu do Trabalho em Setúbal.

Em 1981, editou com Fernando Lopes-Graça e através do Círculo de Leitores o Cancioneiro Popular Português, importante colectânea de canções e músicas instrumentais, que procura mostrar a multiplicidade dos géneros e estruturas musicais, na diversidade das características regionais.

Participam:

Grupo de Folclore de Abitureiras
Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, Graínho e Fontainhas


COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL


SANTARÉM – 2011


TEATRO SÁ DA BANDEIRA - 2 DE ABRIL - 21h30

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