domingo, 5 de agosto de 2012

Filarmónica Sardoalense, a juventude aos 150 anos

Sociedade5 Ago 2012, 00:32h
Filarmónica Sardoalense aguenta o fôlego há 150 anos graças à carolice

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A história da Filarmónica União Sardoalense (FUS) remonta a 3 de Agosto de 1862 e merece ser relatada cronologicamente pela sua singularidade. Martinho Nunes, 36 anos, vogal na direcção e músico, conta que, por volta de 1900, existiam duas bandas no Sardoal, em linguagem vernácula, a do "Pau teso" e a do "Cu aberto". Sobreviveu apenas a do "Pau teso", que correspondia à "Sociedade Philarmónica Sardoalense" nascida em 1862, sendo, mais tarde, em Novembro de 1901, fundada a "Sociedade Fraternidade Sardoalense". Estas duas bandas viriam a protagonizar algumas rivalidades políticas e sociais, hostilidades que terminariam em 1911 quando surge a "Filarmónica União Sardoalense", que veio juntar as duas rivais. Ao longo de gerações tem sido uma verdadeira escola de música, continuando a ser uma das colectividades mais representativas do concelho do Sardoal
Desde 1911 até à actualidade, a história da Filarmónica União Sardoalense é feita de altos e baixos, normalmente associados a crises de regência, porque os maestros, tanto quanto se sabe, sempre tiveram no passado uma influência determinante que se sobrepunha à da direcção, à qual cabia, na maior parte dos casos, um papel meramente representativo. Sem ganharem nada em troca, a recompensa dos músicos acaba por ser os momentos vividos colectivamente. "É o amor à camisola e pela música. É bom tocar entre amigos, as saídas que fazemos em grupo, levar o nome do Sardoal a outras paragens", conta Martinho Nunes.
A actual direcção ambiciona para a FUS uma nova sede pois está instalada nas instalações da antiga escola primária do Sardoal que pertence à junta, o que dificulta ensaios e a formação leccionada pela escola de música. "Com 150 anos já merecia uma sede condigna", defende Maria Júlia Martins, tesoureira da direcção desde 1994, dedicando os seus tempos livres, desde que se aposentou, a uma causa que não quer perdida. O maestro da Filarmónica é natural do Sardoal. Américo Lobato, 30 anos, é licenciado em Fotografia mas estudou Música no Conservatório da Gualdim Pais em Tomar, estando ligado à FUS há 17 anos.

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