A Associação Cultural e Recreativa da Linhaceira apresentou, nesta quinta-feira, na reunião do executivo camarário, um ante-projecto para a construção de um parque desportivo e de lazer. José Manuel Guido, dirigente do emblema tomarense, sublinhou que esta ideia pode significar uma maior fixação das pessoas às freguesias que seriam privilegiadas com a obra, sem esquecer um apoio que seria concedido aos alunos dos Centros Escolares da Linhaceira e de São Pedro:
«Estamos a falar de uma localidade com maiores possibilidades de expansão populacional, onde há uma grande dinâmica cultural e desportiva, situada muito próximo do centro industrial, pelo que tudo pode apontar para o segundo maior pólo do concelho. As infra-estruturas que constam do projecto irão ser uma mais-valia para a freguesia pois seriam um atractivo para a fixação populacional, bem como para o concelho. Estas infra-estruturas poderiam servir, também, de apoio para a prática desportiva dos alunos do futuro Centro Escolar da Linhaceira e de São Pedro, para além de outros protocolos com organismos do concelho. O desenvolvimento da prática desportiva nas áreas rurais e a possibilidade de expansão da freguesia são factores que justificam o projecto. Estimamos que cerca de quinhentas pessoas possam frequentar o espaço». O presidente da autarquia, Corvelo de Sousa, quis sublinhar como «positivo» este tipo de iniciativas, ainda que tenha ressalvado que «não estamos em tempo para investimentos avultados». Ainda assim, o autarca não fechou a porta à concretização deste projecto: «É sempre positivo que as pessoas tomem iniciativas e que não fiquem à espera que alguém faça as coisas por elas. Quero dar os parabéns à Associação por esta ideia, que irá para apreciação dos serviços. Após apreciação técnica, temos que nos reunir, no sentido de tentarmos perceber como é que isto se poderá concretizar. Há aqui investimento, não é a melhor altura, o que não significa que não seja bom haver ideias de forma a que, quando houver dinheiro, existam condições para se avançar». Por sua vez, José Vitorino, vereador do Partido Socialista, que já era conhecedor do projecto, quis deixar bem claro que a revisão ao Plano Director Municipal vai ter cuidado em integrar as associações em perímetro urbano. Pelo meio, ficaram recados à EDP: «O Plano Director Municipal, na sua revisão, vai ter um especial cuidado em reintegrar as associações em perímetro urbano. Fruto da oferta de terrenos, a grande maioria está fora desses limites. Queria, ainda, referir-me a uma questão da EDP... De uma vez por todas, têm que ficar definidos os critérios perante os quais fornece energia. Neste momento, tanto quanto me foi explicado pela Associação, há o risco de perda de fornecimento de energia devido a uma coisa que se chama contador de obra, obra esta que nem existe. A Câmara não sabe o que é que a EDP pretende. O assunto está efectivamente do nosso lado mas não são claras as condições da EDP para fornecimento de energia».
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